O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizada nas religiões tradicionais africanas e nas religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.
Os búzios são conchas de diversos tipos e tamanhos que, quando jogadas, revelam as mensagens dos Orixás e divindades dos cultos e religiões africanas.
O èrindinlógun (ou Merindelogun) popularmente conhecido como Jogo de Búzios no Brasil é um oráculo sagrado e preciso; e quando manuseado por um Bàbálóòrìsà (Pai de Santo) competente é eficaz na identificação e solução de problemas, sejam eles de ordem física ou espiritual.
No Brasil os búzios (cawris na África , eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Yalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios.
Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião Batuque, Candonblé, Omoloko, Tambor de Mina, Umbanda, Xambá, Xangô do Nordeste, ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fios de contas. Também é usado em outras religiões afro descendentes em vários países. Sua origem é médio oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou na África junto com as invasões daqueles povos aos africanos.
Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios apresentam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.